Segundo o Fórum Econômico Mundial (WEF) a transformação no mundo do trabalho será responsável pela eliminação de 85 milhões de postos de trabalho. Ao mesmo tempo, outras 97 milhões de posições surgirão no mercado, a partir do crescimento de tecnologias como inteligência artificial, blockchain, entre outras.
O grande desafio projetado pelo Fórum é que as habilidades técnicas e comportamentais exigidas por estas novas atividades são significativamente diferentes das competências exigidas pelas funções que estão desaparecendo. Este cenário representa um grande risco para profissionais que terão suas empregabilidades diretamente impactadas, mas também uma ameaça para organizações que terão cada vez mais dificuldade para preencher suas vagas.
Neste contexto, o Fórum Econômico Mundial tem chamado a atenção para duas estratégias que serão fundamentais para evitar a exclusão de milhões de pessoas do mercado de trabalho. São elas o upskilling e o reskilling.
O upskilling é a abordagem focada em ampliar e acelerar determinadas habilidades de profissionais que já atuam em determinada área e função. Pela evolução constante e acelerada das tecnologias e inovações, mesmo profissionais especializados terão que continuar estudando para não ficarem defasados. É o que chamamos de lifelong learning.
Já o reskilling é o modelo onde a qualificação está voltada para profissionais que atuam em outra atividade e portanto representa um desafio maior para formação destas novas habilidades. Os profissionais podem e devem aproveitar o repertório que construíram em suas carreiras até aquele momento, mas precisarão investir um novo esforço para desenvolver esse novo conjunto de competências.
Exemplos práticos de upskilling são programas de educação continuada oferecidos pelas universidades corporativas para que os profissionais tenham a oportunidade de se manterem atualizados.
Já uma abordagem prática de reskilling são programas oferecidos por bancos comerciais, que vem reduzindo aceleradamente o número de suas agências bancárias, para que os profissionais que antes atuavam nestes contextos, tenham a oportunidade de aprender novas profissões com maior potencial de demanda. Podem ser migrações mais simples como para o papel de agentes de investimento ou mais complexas como para a atuação como desenvolvedores de software ou analistas de dados.
Independente do foco e da metodologia adotada, o mais importante nesse momento é que as empresas percebam a relevância destas iniciativas para que a transformação digital seja humanizada e as pessoas tenham a oportunidade de se adaptarem às mudanças. Programas voltados para essas duas estratégias tem um elevado potencial de geração de valor, se alinhado às estratégias ESG e de capital humano, impactando positivamente nas reputações das organizações e em suas marcas empregadoras.
A Prosper Tech Talents tem apoiado empresas em programas voltados para upskilling e reskilling de colaboradores. Quer saber mais? Entre em contato com a gente!
Escrito por: Luiz Eduardo Drouet, founder da Prosper Tech Talents, startup de impacto focada em escalar o desenvolvimento de habilidades para o futuro do trabalho, chairperson da Share People Hub, hub de soluções em recursos humanos e presidente da ABRH-SP, principal comunidade de profissionais de RH do país.